Nos dias 3 e 4 de outubro, as ruas e praças próximas ao Marco Zero, no bairro do Recife, vão se transformar em uma grande festa de cores, sons e sabores. Pela primeira vez, a capital pernambucana recebe o projeto “Mardi Gras em Recife”, um festival gratuito e aberto ao público que propõe algo inédito: a fusão da efervescência do frevocom o swing do jazz de Nova Orleans. É como se duas cidades, separadas por milhares de quilômetros e oceanos, conversassem através da música, da dança e da gastronomia.
O Mardi Gras é o carnaval de Nova Orleans, símbolo da cidade e uma de suas maiores expressões culturais. Em outubro, essa celebração desembarca no Recife, não como cópia, mas como diálogo. O frevo, com sua energia intensa e cadência acelerada, encontra o improviso e a sofisticação do jazz em cortejos que tomarão as ruas, num encontro que é, ao mesmo tempo, festa, história e memória.
O festival vai além da música. Chefs norte-americanosapresentarão a culinária cajun e creole em oficinas e experiências nos restaurantes locais, enquanto bartenders recriam clássicos como o Hurricane e o Bloody Mary. Artesãos pernambucanos transformarão o barro em esculturas que parecem dançar ao som do frevo e do jazz. Já na Rota de Throws, o público poderá colecionar selos em bares, cafeterias e restaurantes participantes e, ao completar o percurso, receber brindes como máscaras e colares que simbolizam a experiência completa do festival.
O Mardi Gras em Recife também se compromete com a cidade: catadores de cooperativas locais atuarão na coleta seletiva e destinação de resíduos, tornando-se parte ativa da festa, enquanto crianças, jovens e adultos podem se inscrever em concursos de fantasia que premiam criatividade, sustentabilidade e representatividade cultural. Um palco na Praça do Arsenal receberá atrações nacionais e internacionais, além dos desfiles diários que garantem que ninguém fique parado.
Para os produtores do projeto, Gustavo Satou, Thiago Calado e Valdemar Valente, o evento é muito mais do que um simples encontro musical. “É um intercâmbio cultural profundo, uma oportunidade de fortalecer a arte popular, valorizar o turismo e criar espaços de convivência, aprendizado e celebração para moradores e visitantes”, afirmam.
Mais informações estão disponíveis em @mardigrasrecife.