A peça estreia com novo elenco na capital pernambucana dias 6 e 7 de setembro, no Teatro Luiz Mendonça
Escrita por Edward Albee (1928-2016) no início da década de 90, ‘Três Mulheres Altas’ logo se tornou um clássico da dramaturgia contemporânea. Perversamente engraçada – como é a marca do autor – a peça recebeu o Prêmio Pulitzer e ganhou bem-sucedidas montagens pelo mundo, ao trazer o embate de três mulheres em diferentes fases da vida: juventude, maturidade e velhice.
Após passar por nove cidades e ter mais de 70 mil espectadores na plateia, a peça chega ao Recife com nova formação de elenco, na estreia da primeira grande turnê nacional, para dois dias de apresentações, 6 e 7 de setembro. Serão três sessões (sábado – 20h e domingo – 17h e 20h), no Teatro Luiz Mendonça.
Dirigida por Fernando Philbert, a nova versão da peça, que traz no elenco as atrizes Ana Rosa, Helena Ranaldi e Fernanda Nobre, tem tradução de Gustavo Pinheiro e produção da WB Entretenimento de Bruna Dornellas e Wesley Telles.
Em cena, as atrizes interpretam três mulheres, batizadas pelo autor apenas pelas letras A, B e C. A mais velha (Ana Rosa), que já passou dos 90, está doente e embaralha memórias e acontecimentos, enquanto repassa a sua vida para a personagem B (Helena Ranaldi), apresentada como uma espécie de cuidadora ou dama de companhia. A mais jovem, C (Fernanda Nobre), é uma advogada responsável por administrar os bens e recursos da idosa, que não consegue mais lidar com as questões financeiras e burocráticas.
Entre os muitos embates travados pelas três, a grande protagonista do espetáculo é a passagem do tempo e também a forma com que lidamos com o envelhecimento. “O texto do Albee nos faz refletir sobre ‘qual é a melhor fase da vida?’, além de questões sobre o olhar da juventude para a velhice, sobre a pessoa de 50 anos que também já acha que sabe tudo e, fundamentalmente, sobre o que nós fazemos com o tempo que nos resta. Apesar dos temas profundos, a peça é uma comédia em que rimos de nós mesmos”, analisa o diretor Fernando Philbert.
A última e até então única encenação do texto no Brasil foi logo após a estreia em Nova York, em 1994. Philbert e as atrizes da atual montagem acreditam que a nova versão traz uma visão atualizada com todas as mudanças comportamentais e políticas que aconteceram no mundo de lá para cá, especialmente nas questões femininas, presentes durante os dois atos da peça. Sexo, casamento, desejo, pressões e machismo são temas que aparecem nos diálogos e comprovam a extrema atualidade do texto de Albee.
Em seu quarto ano consecutivo em cartaz, o espetáculo segue colecionando plateias lotadas e reconhecimento por onde passa. Nesse percurso a montagem recebeu indicações a grandes prêmios, como: Cesgranrio, Bibi Ferreira e Cenym.
Após a estreia no Recife, o espetáculo ainda percorre por Natal/RN, São Luís/MA, Fortaleza/CE, Campo Grande/MS, Brasília/DF, Santos/SP, Curitiba/PR, Florianópolis/SC e Ribeirão Preto/SP, totalizando 21 apresentações por cidades de todo o Brasil.
A peça é apresentada pelo Ministério da Cultura e Bradesco Seguros, através da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais.
SERVIÇO:
Três Mulheres Altas, de Edward Albee
Com Ana Rosa, Helena Ranaldi e Fernanda Nobre
Dias: 6 e 7 de setembro de 2025
Horário: Sábado, às 20h; Domingo, às 17h e 20h
Local: Teatro Luiz Mendonça (Avenida Boa Viagem, S/N, de 5000/5001 a 6197/6198, Boa Viagem, Recife, PE)
INGRESSOS:
Ingressos: R$ 200 (inteira) / R$ 100 (meia)
Ingressos populares: R$ 50,00 (inteira) / R$25 (meia)
Capacidade do teatro: 587 lugares
Vendas: https://teatroluizmendonca.byinti.com/#/event/tres-mulheres-altas